09/12/2007

é como as asas que levam ao Sol.


O que é estranho não deve ocultar o básico. Portanto, a humanidade não deve sujar a senda da ascensão. Não é preciso deixar entrar muita poeira para que a mais clara trombeta se torne rouca. Precisamente, esta pequenina porção do pé é mais perigosa que todas as espadas e facas. O mesmo deve-se dizer sobre as vacilações do espírito: elas resultam não de grandes obras, mas do mesmo grão de pó. Por conseguinte, quem é bem sucedido no grande também tem olhos para o pequeno. Assim, o coração que é destinado ao grande sente até o menor. É errado pensar que o grande seja cego para o pequeno. Ao contrário, o menor é visível ao olho maior, e o coração flamejante percebe o ruído quase inaudível. Se compreendemos a sensibilidade do coração grande, já conhecemos o significado da construção do mundo. Não devemos ascender como entorpecidos, e não nos deixemos cair pelo orgulho. O orgulho é uma pedra sobre os pés e o entorpecimento é como asas de cera. Mas a dignidade do espírito é o fogo do coração, é como as asas que levam ao Sol.

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