02/04/2009

Ousadia Sagrada


Quando o homem tomar sobre si a comunhão com o Mundo Superior, ele é verdadeiramente ousado e sua ousadia é sagrada. O Mundo Sutil ouve estes chamados e compreende seu significado. Tal comunhão atrai uma multidão de ouvintes, e de certo modo cooperadores, por isso, o egoísmo deve ser excluído da prece; mas a melhor prece será auto-renúncia e o desejo para o Bem.
É melhor ser considerado fora do comum, que ser vestido no uniforme da trivialidade.
Toma nota, somente tem havido sucesso onde tem havido completa coragem.
Pequenas dúvidas criam uma timidez escravizante.
O momento é muito importante e é necessário intensificar toda a coragem.
Vós já conheceis o calor do coração e compreendeis o Mensageiro inesperado. Por isso é tão importante seguir os Mestres; é necessário deixar para traz as decisões trevosas. Somente o Fogo dos Mestres acenderá a ousadia. Portanto, toda palavra sobre os Mestres precisa ser valorizada. Mesmo que seja pronunciada sem conhecimento, há nela, todavia, o prana da coragem. Que as palavras sobre os Mestres ressoem em todos os cantos do mundo. Elas são velas acesas diante dos Santuários. Elas são lamparinas de fogo vivo – uma proteção contra todas as doenças.
O auto-aperfeiçoamento é Luz. A auto-satisfação é treva. Pode-se construir a vida de tal modo como se cada dia fosse o fim; mas pode-se de tal modo iluminar a vida, que cada hora será um começo. Assim, diante de nosso próprios olhos, nossa existência terrestre pode ser reconstruída. Só deste modo as questões do futuro e da compreensão do aperfeiçoamento ardente serão perceptíveis. Deve-se encontrar a ousadia para reconstruir a própria vida na medida de novas acumulações.
Aperfeiçoai-vos, meus amigos, incansavelmente.
Não sejais ousados na vida cotidiana.
Sede mais simples.
Meus amigos, as coisas pessoais não devem colorir vossas auras.
Trabalha, a senda está aberta para o trabalho.
Em tuas mãos estão as maiores possibilidades.
Minha coroa esteja contigo, pois Eu dei a coroa.
Sê vigilante. Espera Nossa Ajuda a cada momento.
Tu, que ages, deve seguir o teu caminho, ousadamente, sem pensar no perigo ou na alegria do amanhã.

Pode-se, confiante, e até mesmo ousadamente, bater à porta de Seu Templo.
E se esse bater for dirigido conscientemente,
Em resposta, recebem-se novas forças, ainda que sem reconhecê-las imediatamente.
Tem fé nos novos
O Mestre tem força para levantar o escudo até a manifestação da felicidade.
O Mestre sente quando u’a mão pede ajuda.
O Mestre pode enviar os novos.
O Mestre pode enviar o Ensinamento.
O Mestre considera que a ousadia é uma ação heróica.
O Mestre proporciona força aos fieis.
Referências Bibliográficas:
Mestre Morya:
Folhas do Jardim I
AUM
Fraternidade
Mundo Ardente I
Nova Era Comunidade

Qualidade dos Buscadores


Maria Alice Lemgruber
Palestra Dominical: 15/10/06


Nossa palestra de hoje trata da qualidades dos buscadores, como estão apresentados no x 312 de Folhas do Jardim de Morya II, e que se enquadram perfeitamente no tema do mês de outubro: discernimento; e nas dificuldades que estamos atravessando.
(Mundo Ardente I, 10) “Que os tempos difíceis sejam também abençoados. Precisamente em tal época nos acostumamos a discernir o importante do medíocre. Nos dias de prosperidade, nossa perspicácia se apaga; todavia, a qualidade do discernimento é especialmente necessária ao nos aproximarmos da esferas ardentes.”
As esferas ardentes da realização espiritual são exatamente a meta dos buscadores, pois “Os que buscam devem ter um caminho, e voltar seus olhos para cima – para as alturas espirituais.” (Hierarquia 29)
“É verdade que aqueles que buscam o caminho gastam muito tempo, mas os Mestres estão prontos a dar-lhes forças para não caírem”. (Hierarquia 285)
Buscadores são todos aqueles que sabem da existência do tesouro no interior do seu próprio ser – um tesouro a ser extraído com paciente esforço, semelhante ao esforço do garimpeiro que cava fundo na terra, porque sabe que as gemas mais preciosas estão longe da superfície.
Os buscadores - assim como os garimpeiros - devem munir-se dos apetrechos apropriados à sua busca, ou seja, a busca dos tesouros do espírito, que são “o Bem Geral, o Bem Comum, porque a idéia do Bem Comum representa o primeiro sinal da expansão da consciência”. (Folhas do Jardim de Morya II, 362)
“O mundo inteiro está dividido por uma linha de fronteira entre o bem pessoal e o bem geral. Somente o crescimento do espírito individual pode encher o tesouro do Bem Geral”. (Folhas do Jardim de Morya II, 362)
E quais são as qualidades que caracterizam o verdadeiro buscador?
O parágrafo de Morya que é objeto de nosso estudo hoje oferece uma lista de 7 qualidades, começando pela:
1- Constância da aspiração. Não simplesmente a aspiração que ocorre esporadicamente, mas uma aspiração contínua, inflexível e inalterada por qualquer contratempo momentâneo;
2- Habilidade de inclusão. Uma inclusão que “leva o homem a afastar os olhos de sua própria personalidade e, esquecendo-se de si mesmo, o leva a visar o bem de todos ao seu redor”. É essa capacidade de incluir – ou poder de unificar – que faz do homem um criador”. ( Os Raios e as Iniciações, 215);
3- Saber valorizar o tempo. O qual só é realmente valorizado no trabalho do bem geral. E o Mestre lamenta que “os homens encontrem tempo ilimitado para todos os tipos de ocupações degradantes, mas não encontrem uma hora para aquilo que é mais vital”. (Agni Ioga, 189);
4- Desejo de ajudar sem usurpação e sem preconceitos. Porque, “não é admissível que aquele que já adquiriu ao menos um grão de conhecimento, se volte para a escuridão do preconceito”, uma vez que, “o escudo do Agni Iogue consiste em sua dedicação à evolução dos mundos e na rejeição severa de qualquer tipo de preconceito”(Agni Ioga, 171);
5- Renúncia da posse e aceitação dos frutos da criatividade dos outros.
(Comunidade, 43) “É preciso renunciar ao caduco conceito de propriedade”, diz o Mestre, e esclarece que “o sentimento da propriedade é medido, não por objetos, mas por pensamentos. Pode-se ter objetos e, ainda assim, não ser um proprietário.
(Comunidade, 85) O Mestre sabe distinguir aqueles que libertaram suas consciências, porque (Comunidade, 206) sem o desenvolvimento da consciência, nós viveremos numa contínua miragem;
6- A eliminação do medo. Porque “Os grilhões das dificuldades não devem ser trocados pelas cadeias do medo; pois o medo pode ser comparado à lepra. Ambos cobrem o homem com uma casca de repugnância”. (Folhas do Jardim de Morya II, 312)
“O medo, pai da mentira, tece sua rede e novos temores são inventados. Por isso rejeitemos o medo, e junto com ele, partirão o sentido da posse e o tédio”. (Folhas do Jardim de Morya II, 327)
“A dificuldade que sentimos diante de um obstáculo é sempre o resultado do medo. Não importa como a covardia esteja disfarçada, é preciso revelar a página sobre o medo.
Enquanto os obstáculos não nos parecerem um nascimento de possibilidades, nós não poderemos compreender o Ensinamento.
Abençoados sejam os obstáculos, pois, por meio deles, nós crescemos”. (Folhas do Jardim de Morya II, 353)
6- A 7ª qualidade é a manifestação da vigilância em meio às trevas.
(Folhas do Jardim de Morya II, 189) “Dois companheiros nos trabalhos dos Mestres são o contentamento e a vigilância, que é o oposto da sonolência. Se as pessoas pudessem ver os resultados de seu descontentamento e pudessem entender que a sonolência é morte, elas evitariam esses dois principais colaboradores da treva”.
(Folhas do Jardim de Morya II, 286) “Como puderam os Mestres discernir a senda da vida”, pergunta Morya, e Ele próprio responde, dizendo: Em verdade, pela vigilância do espírito”.
Recapitulando:
A constância da aspiração;
A habilidade de inclusão;
O saber valorizar o tempo;
O desejo de ajudar sem preconceitos;
A renúncia da posse;
A eliminação do medo, e
A vigilância em meio às trevas
São as “ferramentas” dos buscadores que estão empenhados na procura da verdade.
Qualidade dos Buscadores ? 312 de Folhas do Jardim de Morya II

Obras consultadas:
De Morya:
Folhas do Jardim de Morya II
Agni Ioga
Mundo Ardente I
Comnidade
Hierarquia

De Alice Bailey:
Os Raios e as Iniciações

ABRIR CAMINHO PARA A VERDADE


Profª Tânia Gonçalves de Araújo
Palestra de domingo — 23/07/06


O título da palestra foi extraído do § 5 do livro Folhas do Jardim de Morya I, o Chamado. Nele encontramos três palavras-chave:
VERDADE — É definida sinteticamente como consciência. A Verdade está expressa nas Leis Divinas e no Plano Divino; sendo muito abrangente, o homem percebe algumas facetas da Verdade que se desdobra à medida que a evolução prossegue. A Hierarquia quase sempre se refere ao Plano como a parte da Verdade que deverá ser vivida pela próxima civilização.
CAMINHO — É a ligação entre os Mundos Superiores é a personalidade. O Caminho é portanto, o Antakarana ou “ponte” em duas etapas: entre a personalidade e a Alma e depois entre a Alma e a Mônada.

Morya diz: “são as centelhas da consciência (isto é, da verdade) que li-garão o Céu e a Terra como uma nova ponte”. Essa ponte ou túnel é aberto a partir das duas extremidade: do Alto, isto é, dos Mundos Superiores de onde é precipitada a “nuvem de chuva de coisas cognocíveis”; e da personalidade aspirante que se lança em busca da Verdade criando as condições necessárias para o florescimento desta Verdade aqui na Terra.

ABRIR — É descerrar algo que está oculto e é revelado pela nossa ação de retirar os obstáculos. Diz o Mestre Morya: “Que o homem aja”.
Como o assunto Verdade é muito extenso e complexo, resolvi tratá-lo a partir das frases contidas no referido parágrafo 5 que apresenta algumas ins-truções sobre como Abrir o Caminho para a Verdade.
A- “Dirige teus amigos para o bem.
Não ocultes nossas Mensagens”.
Compartilhar a Verdade com os demais é a primeira mensagem, pois devemos distribuir o que nos foi revelado pelos Ensinamentos.
Morya nos afirma: “Pensa nas estrelas que sempre dão uma luz à hu-manidade. Sê como essas estrelas e dá teu amor, sabedoria e conhecimento aos demais. Apenas quando tudo é dado podemos receber”.
“Onde quer que vás, leva Minha Luz contigo. Ensina o Caminho”.
“O compartilhar é a garantia do sucesso”.

Portanto, a primeira Mensagem é Compartilhar.
B- “Vigia em teu coração, Nossa inspiração”.
Morya diz: “Ficar em guarda é um sinal de consciência alargada. Apren-de a guardar aquilo que é mais precioso; aprende a regozijar-se com cada sentinela vigilante”.
“Não nos intimidemos ante o perigo, mas encontremo-lo vigilantes”.
“Tu que tens ouvido
Tu que tem olho aberto
Tu que me conheces
Sê bendito

“Dirige teu olhar à distância como faz o falcão.
Este é o Meu conselho.
Um Olho vigilante está sobre ti
As águias pairam como mensageiras”.
Por esta mensagem percebe-se que o vigiar é duplo: o discípulo vigia com o coração para não se desviar do Caminho; e o Mestre amorosamente mantém seu Olhar vigilante sobre o discípulo e lhe envia mensagens.
A segunda mensagem é vigiar no coração a inspiração do Mestre.
C- “Esforça-te e receberás a Luz”.
Morya adverte: “Só a custo de árduo trabalho a Mão da Verdade dobra as barras da prisão” (a prisão da ignorância).
“O caminho que conduz a cada verdade é espinhoso”.
“Apronta-te para lutar. Com pensamentos puros tu conquistarás. Se teu barco é seguro, tu alcançarás a costa. Meu escudo (do Mestre) te protegerá no campo de batalha”.
“Na ação está oculto o esforço. Que o homem esqueça seus erros e se esforce na caminho do Grande Silêncio e do Bem. Não condenes, mas aje, crie e busque. E Eu Mesmo serei teu ajudante”.
A terceira Mensagem é sobre o esforço. “Trabalha que Eu te ajudarei”.
D- “Eu indicarei o Caminho — o coração compreenderá Nosso Sinal”.
Morya comenta: “Aqueles que buscam a Verdade somente podem en-contrar o significado da existência no caminho da ascensão para a Hierarquia, porque de outra maneira, a vida permanece um círculo vicioso, pois nem por milênios, o espírito encontrará sua libertação”.
“Nós (Mestres) indicamos a linha reta da verdade perfeita... percebida por meio do conhecimento direto”.
“Ordenai que vosso coração se aproxime tanto quanto possível do Mes-tre... Se precisar de palavras, começai a conversar com Ele como se estivesse ao vosso lado. A resposta pode chegar por mínimos sinais, tanto evidentes, quando distantes... É preciso ver com os olhos do coração, escutar os ruídos do mundo com os ouvidos do coração; perscrutar o futuro com o coração. As-sim, deve-se percorrer impetuosamente o caminho da ascensão”.

A quarta Mensagem é compreender o Sinal do Mestre.
E- “Contempla! Os Mestres revelarão uma lira milagrosa.
Sua força dar-te-á o dom de encantar os homens.
Contempla a bem-aventurança que te é transmitida”.
Contemplar é o ponto mais alto do processo da Meditação. Alice Bailey define contemplação como uma atividade da alma, desligada do mental que é mantido quieto.
Na contemplação, a consciência do homem recebe diretamente no cérebro físico o que a própria alma percebe. Quando acontece a contemplação são reveladas “as coisas do Reino de Deus”; a Verdade em primeira mão é revelada. O homem vê mais do que examina. Por esta visão ele descobre que ele próprio é a Alma; e do ponto vantajoso da Alma, compreende que é o “Perceptor”, capaz de perceber igualmente o mundo das realidades espirituais e o da experiência diária podendo olhar para qualquer direção, dependendo de sua escolha.
Desta posição privilegiada ganha o dom da Palavra da Verdade, referida na linguagem poética de Morya como a “lira milagrosa” que o torna capaz de encantar os homens, indicando-lhes o Caminho. Como na contemplação a Verdade cai diretamente no cérebro do Percebedor, ela ficará livre das interpretações errôneas da personalidade. Assim diz Morya: “Contempla a bem-aventurança que te é transmitida”.
A quinta Mensagem é contemplar a Verdade.
F- “A constância é o requisito daqueles que se esforçam na senda da as-censão”.

A constância é o requisito e não apenas um requisito. Na senda da as-censão o caminho é aberto todos os dias e não devemos dele nos desviar. Morya afirma: “Minha mão está sobre os que são firmes. A fraqueza e a levian-dade geram traição. Ajuda para ti, que te lanças no caminho. Ajuda para ti, que esqueceste o tempo e o corpo. Ajuda para ti que respondeste”.
O sexto requisito é a Constância.
G- “Aquele que, com todo o coração, cumpre Nossas ordens, aplicará seus ouvidos à harmonia do Universo”.
Morya afirma: “A fé em si próprio e a procura da Verdade criam a har-monia. Não hesites, trabalha. A senda está aberta para o trabalho. A obediên-cia guia a ação e a confiança intensifica as forças. Como poderá um espírito perder-se se o Mestre é o farol condutor? A liberdade de vontade é uma prer-rogativa do homem mas sem harmonia com as Forças Superiores ela se trans-forma em calamidade”. O Mestre aconselha: “Estai em consonância como o Universo”.
Alguém já disse que liberdade sem responsabilidade é loucura.
A sétima indicação é harmonizar-se com o Universo, cumprindo o Ensi-namento.
H- “Ao trazer a felicidade para ti, mostramos Nossa Confiança em tua busca da virtude”.
Morya pergunta: “Em que consiste a felicidade? Será que consiste em permanecer inativo ou consiste em dirigir o pensamento para uma nova cons-trução da vida? O pensamento é vida e a vida se move por ele. Cada pensa-mento aplicado proporciona crescimento ao espírito. A Hierarquia valoriza a criatividade do pensamento, pois ele afirma a virtude”.
“A confiança é a pedra angular. A sabedoria dos séculos registrou mui-tos exemplos da grande confiança e também de destruição através da descon-fiança. Sem confiança não se cria o ritmo, não se invoca o sucesso, e não pode haver progresso”.
“A Fraternidade é uma escola de confiança”.
Que é virtude?
“Foi dito que a virtude tem uma aura de arco-íris. O arco-íris é o símbolo da síntese. Não é a virtude uma síntese de qualidades? A virtude não é sim-plesmente fazer o bem. Somente a consonância da tensão das melhores qualidades provêem a síntese da ascensão. As virtudes do homem são degraus necessários, mas são inúteis se estão isoladas. Enquanto a natureza toda não tiver sido vencida e se tornado submissa ao Eu Superior, a flor da alma não se abrirá”.
Um homem é chamado virtuoso quando em suas ações demonstra sempre uma plêiade de qualidades ardentes.

A oitava indicação é a busca da virtude pelo discípulo.
I- “A verdade está contigo — sabe abrir caminho para ela”.
Depois de dar várias instruções de como abrir o Caminho para a Verda-de, o Mestre dá o motivo de Sua Confiança no discípulo: “A verdade está conti-go”.
Não pode haver dúvida que o homem alcançará a verdade porque a verdade está com ele. Mabel Collins no livro Luz no Caminho diz: “Em ti está a Luz do mundo que pode ser projetada sobre o caminho. Se és incapaz de per-cebê-la dentro de ti, é inútil que a procures em outra parte”... Cada homem é para si mesmo o Caminho, a Verdade e a Vida. O Caminho e a Verdade vêm primeiro, logo após segue a Vida. “A vida mais abundante de que falou o Cris-to é o prêmio para os que buscam o Caminho da Verdade”.
“Chegando aos cruzamentos, tome somente o caminho novo.
Tu podes compreender, a Verdade é simples.
Aprende a prestar atenção ao Mestre.
Os testes devem ser repetidos até que se forme um desenho no cérebro.
O domínio se realiza pela conscientização da vitória sobre si mesmo.
Conquistando a si mesmo, ressuscitará o vitorioso, pois Deus está con-vosco”.
Bibliografia:
Folhas do Jardim de Morya I – O Chamado
Fraternidade
Hierarquia
Agni Ioga
Bailey, Alice – “Do Intelecto à Intuição”
Collins, Mabel – “Luz no Caminho”

Relação entre os Centros Superiores e Inferiores


Lija Nogueira de Faria


Sobre a Aura
A aura é uma série de vórtices de energia que se movem rapidamente, e que se situam em certos pontos do corpo. Esses aspectos de há muito são conhecidos, e encontram-se representados, com freqüência, em antigos diagramas, seja do Leste ou do Oeste, em estátuas, entalhes e outros processos. Às vezes – tal como o halo dos santos cristãos ou nas marcas de castra dos hindus – um desses centros é realçado e o demais ficam de fora. Não é absolutamente essencial ser capaz de ver para compreender sua existência, e muitas pessoas se tornam conscientes deles através de suas mãos, quando examinam uma pessoa com um toque extra-sensorial.
Um dos aspectos importantíssimos da aura pelo fato de se estenderem diretamente através tanto da aura interna como da aura ovóide, fazendo vínculos de ligação entre elas, são os chakras, que em sânscrito, significa roda. São órgãos do aspecto psíquico de cada criatura viva, e altamente complexos em estrutura. Ademais, estão intimamente ligados ao mecanismo controlador do corpo denso através do sistema nervoso e das glândulas endócrinas.
Pensamento e sentimento, para não mencionar atividade espiritual mais profunda, estão constantemente refletidos na aura da saúde, que se modifica de momento a momento, conforme o processo mental tem lugar. Os hindus dizem que “Prana segue o pensamento”. Isso é visto, na verdade, como um fato, porque há alteração imediata na aura de saúde conforme a disposição e o pensamento se modificam.
Sobre os Chakras
Os chakras são espirais de energia. Existem sete chakras, principais, no corpo humano,localizados ao longo da coluna vertebral. Assim como o eixo entre os pólos Norte e Sul mantém o equilíbrio de energia do Planeta Terra, o corpo tem um eixo similar, tendo como seus dois pólos o chakra coronário no topo da cabeça e o chakra raiz na base da coluna. Todas as energias, todos os poderes, todas as experiências, são armazenadas entre estes dois centros.
Quando uma criança é criada no útero materno, o chakra coronário é o primeiro a se formar. Os nervos que se ramificam do cérebro formam a coluna vertebral e os demais chakras. Cada chakra tem um som, uma cor, um elemento, uma qualidade e uma forma correspondente.
Ao se formar, cada chakra recebe a energia divina necessária. Isto não que dizer que o último chakra a se formar recebe a energia que sobrou dos demais. Cada chakra é diferente e necessita uma energia diferente para sua formação. Há sempre energia suficiente para a formação de cada um deles.
Esta energia é divina, e se chama Kundalini. Ela repousa adormecida no chakra raiz após sua descida pela coluna vertebral. O Kundalini é a manifestação do poder divino no homem. É uma força espiritual que é a essência de toda a vida.
Quando esta energia é despertada, ela viaja através da coluna, indo de chakra em chakra e limpando-os ao longo do caminho. Quando completa sua subida e penetra no chakra coronário, atingi-se um estado de completa união com toda a criação, a consciência de Deus.
A principal característica da alma é a consciência. A alma, como vida, está “situada no coração, e como consciência racional espiritual, está situada no ponto entre as sobrancelhas”.
A força vital tem sete pontos principais de contato com o corpo físico e são denominados centros.
Estes sete centros de força transmitem a energia da vida, são os agentes da alma, mantêm a existência corporal e iniciam sua atividade.
Os centros de força estão situados ao longo da coluna vertebral e na cabeça e se relacionam com as glândulas.
CENTROS RAIO GLÂNDULAS
Centro Coronário 1º Glândula Pineal
Centro entre as sobrancelhas 2º Corpo Pituitário
Centro Laríngeo 3º Glândula Tireóide
Centro Cardíaco 4º Glândula Timo
Centro do Plexo Solar 5º Pâncreas
Centro Sacro ou sexual 6º Gônadas
Centro da base da coluna vertebral 7º Glândulas Suprarrenais

Os grupos 1, 2, 3 representam um pólo; 5, 6, 7 o outro; enquanto o 4 é o campo que fica entre eles.
Vemos a aura como que feita de sete níveis, ou principais extensões de onda de energia etérica. Desses, os primeiros três estão ligados à atividade psicológica e à espiritual, enquanto os três últimos se relacionam com os processos físicos e químicos do corpo. O quarto nível, ou nível do meio, é um intermediário, e faz a ponte sobre a qual a percepção se movimenta entre o mundo físico, objetivo, e o indivíduo que o habita.
Para tratar convenientemente com o organismo físico, será útil poder falar dos níveis sutis (isto é, 1º , 2º 3º) como éteres vitais, e dos mais densos (5º, 6º 7º) como éteres químicos, ou físico-químicos, separados, e reunidos pelo quarto nível – o do átomo químico. Essa é, também a superfície de contato entre o individuo consciente e seu corpo denso.
Dessa maneira, o homem encarnado vive no corpo físico através de um campo sétuplo de energias inter-relacionadas, das quais três são essencialmente suas e subjetivas, três pertencem ao mundo físico, objetivo, e a do meio, ou quarta, é o vinculo entre as duas primeiras.
No quarto reino, o humano, é a energia do quarto raio que, cooperando com o primeiro raio, finalmente traz a síntese. Há uma estreita relação entre o centro mais elevado, o centro da cabeça, e o centro da base da espinha. Este quarto tipo de energia expressa-se assim em cooperação com o primeiro tipo porque nós ainda somos atlantes na nossa polarização, e aquela civilização foi a quarta na ordem. É principalmente o trabalho feito na quinta civilização, a nossa atual raça ariana, que, em cooperação com o quinto principio da mente, trará uma mudança para um nível mais elevado de consciência. Isto produzirá uma harmonização de todos os centros através de um ato da vontade, intelectual e inteligentemente aplicado, com o objetivo de produzir harmonia.

A Ponte da Consciência
Foi dito acima que há no campo etérico uma camada intermediaria, ou nível, o quarto dos sete tradicionais, que é o elo entre a consciência física e os mundos interiores ou psíquicos. O etérico é, ou deve ser, um todo integrado. A faixa (com tem sido chamada por sua aparência em perfil contra o contorno do corpo) parece ser uma dessas áreas de concentração de energia, e ter uma densidade particular por motivos associados à sua natureza particular. Ao que parece, ela funciona como um reservatório de energia, um lugar onde, sob condições favoráveis, duas ordens principais de vitalidade (prana) se encontram, e de onde a verdadeira energia passa para um estado de suspensão, ou latência, do qual pode ser chamada para a efetividade, quando disso houver necessidade. É como se, encontrando-se, os dois fluxos neutralizassem e cancelassem um ao outro; a energia desaparece, passa, como se pode dizer, para outra dimensão, e, para todos os efeitos, fica fora da visão. Os dois fluxos vêm – um da parte externa do sistema, sendo derivado da terra, do ar, do alimento, etc., e alcançando a camada pelo lado de baixo, enquanto o outro deriva dos aspectos psíquico e espiritual do individuo (seja ele animal ou homem), inserindo-se no nível etérico pela parte de cima.
A outra analogia é a do acumulador elétrico comum. Ele é assim chamado porque (levando em conta o desperdício e as imperfeições) se colocarmos nele um quilowatt de energia elétrica, é possível, a qualquer momento, fechando-se o circuito, retirar novamente aquele quilowatt.
Assim, na quarta camada etérica há reservas de vitalidade. Podemos dizer que as energias da terra e as energias internas, psicoespirituais, representam o positivo e o negativo da eletricidade com o qual o acumulador é carregado, e que agora se faz eletricidade neutra. Então, quando a energia é chamada a agir, por qualquer motivo, ela se separa e de novo funciona como positivo e negativo.
Idealmente, os dois deveriam estar perfeitamente equilibrados, mas na prática tal equilíbrio não é perfeitamente atingido com freqüência, porque o aspecto espiritual do homem pode por longo tempo, fazer-se sentido no mundo físico, e, vindo do interior do individuo, só indiretamente, abastecido e distorcido pela mente. Ademais, vindo do aspecto denso físico, pode haver desequilíbrio como resultado – também pelo uso da mente, em sua possível escolha errada de alimento, condições de vida, etc.
Assim, o nível médio etérico é um elo muitíssimo importante e a barreira através da qual o individuo mantém contatos de dentro para fora e de fora para dentro, entre ele próprio e o mundo físico. Toda a consciência física depende disso, enquanto a natureza e a qualidade de consciência dependem da integridade e da estabilidade da quarta película etérica.

Os centros de força levam energia prânica a cada ponto do corpo, e estão em estreita relação com o sistema nervoso, em suas três divisões: medula espinhal, sistema nervoso autônomo e periférico.
Dos centros de força a energia vital ou prânica é distribuída seguindo sutis linhas denominadas “nadis”, estreitamente relacionadas com os nervos e, ao mesmo tempo, com as artérias, infiltrando-se, aparentemente, no sistema corpóreo.
Esse setenário é um principio da ciência oculta, aplicável a todo o universo conhecido pelo homem. Há, nele, duas tríades reunidas por um único e intermediário nível. O sistema é habitualmente assim exposto:
Dos sete centros, dois estão na cabeça e cinco na coluna vertebral. Os dois centros da cabeça se relacionam diretamente com as faculdades da mente e do movimento. O centro coronário, chamado comumente de lótus de mil pétalas é a corporificação da energia espiritual, manifestada como vontade, mente abstrata, espiritual ou intuição. O centro ajna, ou centro entre as sobrancelhas, diz respeito à mente inferior e à natureza psíquica do organismo integrado, denominado homem, a personalidade.
Os cinco centros da coluna vertebral dizem respeito às diversas atividades do organismo, mediante os quais o homem manifesta seu instinto animal, suas reações emocionas e a intenção de sua vida. Tais centros são em grande parte, dirigidos pela força que entra e sai dos centros da cabeça.
As energias abaixo do diafragma têm que ser elevadas e mescladas com as que se encontram acima.
Estes centros variam em atividade, segundo o estágio de evolução do individuo. Em algumas pessoas certos centros estão “despertos”, e em outras os mesmos podem estar relativamente passivos; e ainda em outras, o centro do plexo solar estará ativo ou predominará, e também em outras o mesmo acontecerá com o centro cardíaco ou com o laríngeo. São poucas as pessoas que têm ativo, hoje, o centro coronário. Falando generalizadamente, nos selvagens e nos pouco evoluídos, os três centos situados abaixo do diafragma (centos da base da coluna vertebral, do sacro e do plexo solar) estão ativos e dominantes, porém os situados acima do diafragma permanecem “adormecidos”. Na humanidade comum, o centro laríngeo está começando a se fazer sentir, estando ainda adormecidos os centros cardíaco e coronário. No ser humano altamente evoluído, no líder da raça, no filosofo intuitivo e no cientista, assim como nos grandes santos, o centro coronário e o cardíaco começam a fazer sentir sua vibração; a prioridade do centro coronário e do cardíaco é determinada pelo tipo de pessoa e pela qualidade da consciência emocional e mental.
De acordo, pois, com o desenvolvimento do homem, estes centros de força se vivificam e predominam e, segundo sua vivência, fazem sentir sua presença junto a diversos tipos de atividades. Os centros abaixo do diafragma comandam a vida física da forma material e a vida psíquica animal, que existem tanto no homem quanto no animal. Os que estão acima do diafragma estão ligados à vida intelectual e espiritual, e produzem as atividades em que o homem demonstra ser diferente e superior ao animal, e que proporcionam sua ascensão na escala da evolução.
Aparentemente surgem três teorias, constituindo uma tríplice hipótese que define o homem como um organismo que manifesta vida, autoconsciência e propósito inteligente.
A primeira é: Como são as glândulas e o sistema nervoso do homem, assim ele é. Seu temperamento, suas qualidades naturais e o manejo inteligente das experiências de sua vida e meio ambiente estão determinados por seu sistema endócrino. Assim pensa o ocidente.
A segunda hipótese é: Como são seus centros assim é o homem. A passividade e a atividade de certos pontos focais de energia, no corpo etérico humano, determinam no homem seu caráter, seu modo de expressão, o tipo e também a posse de seu corpo. Suas atividades no plano físico dependem, por completo, das qualidades da forca que flui por seus centros. Assim pensa o oriente.
A terceira hipótese é: As glândulas, os neurônios e os centros estão condicionados pelo controle ou ausência de controle da alma.
O ocidente oferece, segundo temos visto, seus fatos referentes à estrutura. O mecanismo do homem está determinado por seu sistema endócrino, além do sistema nervoso, o equipamento de resposta. Será que podemos encarar o tema desse ângulo e, atuando sobre as glândulas, produzir a perfeição do corpo humano e conduzir o homem, afinal, até chegar à plena luz da alma? Será que a divindade pode ser desenvolvida por meios físicos? Ou seja, aceitando a posição oriental de que os centros são os meios de expressão da alma e os responsáveis pela construção e controle do corpo por meio do sistema nervoso e das glândulas, poderemos investigar e aplicar um método, reconhecido como perigoso, e atuar diretamente através dos centros sobre os mesmos?
Há um meio pelo qual o homem pode se assegurar de que realmente é uma alma e pode controlar seu instrumento de expressão, quer dizer, a tríplice natureza inferior e todos os estados psíquicos e mentais. Por meio deste método é possível levar a cabo a união da Sabedoria do Oriente e o conhecimento do Ocidente, de modo que fiquem disponíveis os melhores aspectos de cada sistema para todo o gênero humano.
Torna-se prático dar certos passos iniciais, os quais se podem resumir do seguinte modo:
a – o treinamento saudável do corpo físico, utilizando o conhecimento do ocidente, em particular o referente à medicina preventiva, e à saúde geral do sistema endócrino.
b - a compreensão intelectual e aplicação dos fatos básicos da Psicologia moderna, chegando assim a um conhecimento do mecanismo mental, emocional e físico, por cujo meio a alma trata de se expressar.
c – o reconhecimento de que, assim como o corpo físico é um autômato que responde aos desejos e à natureza emocional, e está controlado por eles, de forma análoga estes estados emotivos de consciência – que abarcam desde o amor ao alimento até o amor a Deus – podem ser controlados pela mente racional.
d – do crescimento de tudo isso resultará um estudo das leis da mente e se poderá compreender e utilizar a relação entre a mente e o cérebro.
Quando estes quatro pontos forem bem compreendidos e seus efeitos se fizerem sentir na personalidade do homem, teremos um organismo integrado e coordenado; a estrutura poderá ser, então, considerada apta para ser dirigida pela alma.
Quando ambos os centros estão despertos, temos essas grandes e destacadas personalidades espirituais, que trabalham consagrando seu coração e cérebro, e deixam seu legado no pensamento do mundo.
Isto dar-se-á quando o conhecimento do ocidente se adicionar à sabedoria do oriente e se impuser a técnica da ciência da alma sobre nossos tipos intelectuais ocidentais.

Estas técnicas podem ser classificadas como:
Inofensividade;
Pureza de vida;
Equilíbrio;
Correto controle da força vital, e daí, ação direta da alma sobre o corpo etérico;
Abstração e
Atenção ou concentração.
Meditação é atenção ou concentração prolongada, e proporciona o poder de enfocar a mente na alma e no que diz respeito a esta, daí produzindo mudanças radicais no organismo e corroborando a verdade da afirmação de que “como o homem pensa, assim ele é”.
Contemplação, este ato é seguido pela descida ao cérebro do conhecimento e energia da alma; esta atividade da alma produz o que se chama iluminação: a energização do homem por inteiro e o despertar dos centros com um ritmo apropriado e progressivo.
Esta energia espiritual, conscientemente dirigida, atuando por meio do corpo vital e dos centros, afirma-se, deveria levar o homem material e o sistema endócrino a uma condição de perfeita saúde e, portanto, a possuir um mecanismo perfeito para a expressão da alma. Com respeito a isso, ensina-se que o homem pode alcançar um conhecimento definido da alma e se conhecer como “o Ser mais profundo”, capaz de utilizar seu mecanismo com um fim determinado, e assim atuar como alma.
A elevação da energia do centro sacro para o centro da garganta permitirá uma etapa do nosso desenvolvimento na qual produziremos os filhos de nossas mentes e habilidades. A humanidade hoje está se tornando cada vez mais criativa, pois a transfusão das energias prossegue sob novos impulsos.
Na próxima Era de Aquário, isto prosseguira rapidamente. A maioria das pessoas hoje, vive abaixo do diafragma e suas energias estão voltadas para fora, para o mundo material e prostituídas para fins materiais. Nos próximos séculos isto será corrigido, suas energias serão transmutadas e purificadas, e os homens começarão a viver acima do diafragma. Expressarão, então, as potencias do coração amoroso, da garganta criativa, e a divinamente ordenada vontade da cabeça.
Bibliografia
Alice A. Bailey - Psicologia Esotérica Vol. I
- A Alma e Seus Mecanismos
Annie Besant – O Homem de seus Corpos Ed. Pensamento
Lawrence J. Bendit e Phoebe D. Bendit - O Corpo Etérico do Homem Ed. Pensamento

AMOR, Inscrição para a PAZ


Girlene Maia White após a meditação do dia 19fev2006

A M O R:

Definição: O Amor é uma energia libertadora, curativa e sábia, que move os seres ao encontro das necessidades de seus semelhantes e do universo no qual estão inseridos.
Amplia as esferas da existência pela inclusão de vibrações de âmbitos mais abrangentes. É impessoal e, ao exprimir-se, considera metas reais, em consonância com a evolução da vida.
Impulsiona o ser a buscar a essencialidade, o que há de positivo em cada circunstância, sem se deixar limitar por resistências.
Se manifesta com pureza, é uma energia profunda e misteriosa. Sua atuação não se restringe ao nível humano, pois tem como meta transfigurar tudo que toca.
Assim, o que está limitado se expande e se integra ao superior, ao que é sua essência. Essa qualidade compassiva e sábia, devotada à consumação de propósitos elevados, é irradiada por fontes coligadas ao 2º Raio do Amor-Sabedoria. Como o Amor Universal, é a lei máxima deste sistema solar, recebe, também, a denominação de Amor-Crístico.

O trecho seguinte foi retirado do livro II SUPRATERRESTRE – parágrafo 337
Urusvati(1) ama a comunhão conosco. Ela não pode ser mandada, não pode ser evocada intelectualmente, só a força do amor pode lhe dar vida.
Prestem atenção no que lhes digo. Com freqüência as pessoas se reúnem com o objetivo da concentração unida de pensamento. Tal exercício é louvável. Do mesmo modo, as pessoas se reúnem e enviam pensamentos coletivos pela salvação do mundoe cura das doenças. Isto também é louvável.
Na época atual há muitas reuniões dedicadas à transmissão de pensamentos benéficos. Entretanto, não se leva em consideração a comunhão conosco (os Mestres) embora, ela as ajudaria em suas boas intenções.
Não criticamos os que tentam unir e intensificar seu pensamento, pois a seu modo eles agem de maneira digna. Mas quanto mais intensas seriam suas transmissões se cada um aprendesse a amar a comunhão Conosco! Cada pessoa deveria dedicar ao menos um pouco de tempo à união mental Conosco, porém só o amor pode ser a ponte.
Não há necessidade de estimular a tensão artificial ou a contagem, ou a repetição de centenas de nomes. O que é preciso é só um sentimento forte. É preciso amar os contatos momentâneos, e sentir as asas belas que eles fornecem. Valorizamos cada ponte de amor como esta, que se constrói do amor ao trabalho. Portanto, o contato Conosco se estabelece pelo amor e pelo trabalho. Todavia, qualquer harmonia pode ser interrompida e será difícil sua restauração.

P A Z:

O trecho seguinte foi retirado do livro II SUPRATERRESTRE – parágrafo 319/321
Urusvati(1) sabe como trabalhamos pela paz. Por que então não nos alegramos com muitas organizações dedicadas à promoção da paz? Simplesmente porque pouquíssimas são desprendidas em seu trabalho e a maioria abriga motivos escusos piores até do que a compulsão para a guerra.
O assunto paz é um padrão pelo qual é preciso se testar. Testar-se é saber como atrair novas forças e alcançar uma nova consciência. É um auto-exame que deve ser executado em um contexto de dedicação absoluta à evolução humana. Só então a paz será compreendida de maneira adequada; a paz verdadeira incluirá a defesa dos tesouros da humanidade.
A inveja é uma víbora que se apossa do coração humano e o infecciona com o mal e então os pensamentos de paz se tornam impossíveis. Na verdade, as pessoas podem manifestar a inveja das maneiras mais inesperadas. Muitas surpresas os espreitarão quando vocês aprenderem a ler a mente humana. Um homem pode possuir muitos tesouros, todavia ainda terá inveja do pequeno sucesso de seu vizinho. Até que sejam erradicados os vícios que impedem a paz, ela não será verdadeiramente possível.
Cada pensamento benevolente sobre a paz é útil no espaço. A palavra paz deve ser repetida como um mantra e ela fortalecerá todos os esforços para trazer a harmonia. Mas ai dos que promovem a falsa paz, que só levará a corrupção. Nosso Ensinamento (dos Mestres) é o Ensinamento da paz, da paz verdadeira.
Urusvati(1) sabe que cada um de Nós (os Mestres) tem contribuído para a paz do mundo de várias maneiras. Vocês se lembram de Orfeu, que deu às pessoas melodias suavizantes de paz e como um certo Mestre tentou purificar os Ensinamentos, para que as pessoas soubessem mais e compreendessem melhor a vida. Outro Trabalhador espiritual pregou que as pessoas deveriam antes de tudo, usar os métodos mais pacíficos. E o Unificador das nações ensinou que a paz só pode florescer na harmonia.
Os que trabalham pela bondade e pela paz sofrem muitas privações; de onde vem estes fardos insuportáveis? Cada passo evolutivo evoca a fúria do caos e tal fúria é uma resposta a cada aspiração benevolente.
Mas os pacifistas podem testemunhar que seus esforços pela paz permanecem com eles como suas melhores recordações. Estes esforços estão registrados não só na história das nações, eles também se refletem nas vidas das pessoas.
A serenidade não deriva de sons harmoniosos ao alcance de todos? Mas alguém primeiro teve que descobrir maneiras de chegar à paz pela música. Enquanto se cantava muitas canções nos tempos antigos, considerava-se necessário mostrar sua habilidade para evocar a paz da mente. Assim, se introduziu uma nova harmonia no mundo.
Do mesmo modo o comando para usar todos os recursos possíveis para manter a paz permanece para todo o futuro. Embora a humanidade, aparentemente, tenha esquecido Aquele que deu esta ordem, ela entretanto penetrou a consciência humana. Deve-se sempre questionar se foram tomadas todas as medidas pacíficas, porém sem a perda da dignidade humana. É preciso compreender as medidas mundanas e supraterrestres; só pela harmonia e pela dignidade humana pode-se compreender a beleza da paz. O pouco caso pela dignidade humana só pode resultar em feiúra. Quem não sabe nada sobre a beleza não pode pensar na paz, nem o conceito de união pode ser compreendido pelo ignorante. Todavia, todos reverenciam os Unificadores. Assim, trabalhemos pela paz.
O Pensador(2) contribuiu muito ao ousar imaginar um governo de paz. E daí se as pessoas chamam esta ousadia de sonho? Sabemos que os sonhos pavimentam a estrada para a Eternidade!
Urusvati(1) sabe que em cada aspiração significativa há um elemento que se pode alcançar. Um dos sonhos mais incompreensíveis é a paz mundial, entretanto, a humanidade continua a orar por ela. Embora seja difícil realizar este sonho, há nele um pouco de verdade que pode ser compreendida na vida terrestre.
O homem tem o dom da comunicação com seus irmãos. Ele aprende que uma vida de inimizades torna-se insuportável no final e que a família se arruína com a discórdia. Ele deve entender que isto também acontece com as grandes nações, que se corrompem sem os esforços constantes e vigilantes para melhorar.
Nestes tempos não se pode esperar a paz, mas devemos compreender que a era que está chegando será mais adequada para uma aceitação inteligente da paz. Portanto, todos devem falar sobre a paz mundial, mesmo que seja só no sentido abstrato. Que esta palavra, que pertence ao futuro, seja ouvida em meio às nuvens de ódio de hoje. Não esperem ouvir tais palavras em reuniões inertes. Que os melhores sonhos sejam expressos pelos jovens. Que eles, na armadura da defesa, assentem a base da vida. Não se deve interferir nos sonhos mais elevados.
Há muitos sonhos que poderiam se tornar realidade, mesmo que agora pareçam impossíveis. Por exemplo, as pessoas sonham com a educação para todos, entretanto há muito analfabetismo em todo o mundo. E enquanto existirem a escravidão e o barbarismo em muitas áreas, como se pode sonhar com a educação universal? Mas, Nós diremos: “É preciso sonhar”. O espaço deve se encher de comandos para que se comecem as campanhas em favor da educação.
Não se deve considerar o analfabetismo como um obstáculo, mas como um lembrete da necessidade urgente da educação. Como podemos nos orgulhar da existência de muitas escolas quando a humanidade ainda não superou a vergonha da escravidão e a educação ainda não foi disseminada o suficiente?
Os experientes na escala mundial nos aconselham a ignorar as crueldades que nos rodeiam, mas estes “experientes” são sem vida. Vocês saberão de muitas estórias sobre as conquistas brilhantes da cultura, entretanto, permanece o fato da existência da escravidão. Além do mais, ela existe sob uma máscara inteligente de hipocrisia sagrada, tal máscara é bastante vergonhosa. Todavia, em vez de indignação geral, se ouve desculpas para esta vergonha.
O Pensador(2) ensinou: “Cuidado com as pessoas que tentam justificar os atos vergonhosos porque elas são inimigas da humanidade”.
Poderíamos finalizar com muitas perguntas, mas vamos sintetizar em uma:
Estou contribuindo para a paz?
A paz deve começar dentro de nós, e no relacionamento com nossa família, no tratamento aos parentes e aos que nos cercam.
O Pensador mostrou que o bem estar de uma nação começa no coração de cada pessoa.

(1) Urusvati – Helena Roerich – também chamada pelo Mestre Morya de “Estrela da Manhã”
(2) O Pensador - Mestre Jesus

A Primeira Iniciação - O Nascimento


Tânia Gonçalves de Araújo


As iniciações são etapas definidas do desenvolvimento humano em direção ao mundo
espiritual.
A palavra iniciação vem do latim ‘iniciare “que se deriva do sufixo "in” significando para
dentro e “ire” — ir, isto é, ir para dentro ou penetrar no interior.
Da etimologia depreende-se que iniciação é o ingresso ao mundo interno, o começo de uma
nova vida.
Morya diz que a iniciação moderna deve ser expressa pela palavra educação que vem do latim
“educere” que significa extrair, tirar, desenvolver.
Conjugando as duas palavras —
iniciação e educação — temos uma busca interior que traz para o mundo o que está escondido — a Luz que segundo o Evangelho deve ser colocada sobre o alqueire para que todos a vejam.

Jorge Adoum diz que a porta para o mundo interno é o coração; o Mestre Morya dedica um
livro inteiro ao tema iniciando assim: “Ver com os olhos do coração, ouvir o ruído do mundo com os ouvidos do coração”, assim se percorre o caminho da ascensão.

O homem, filho pródigo do Pai Celestial, vem ao longo dos milênios alimentando-se dos
prazeres da matéria mas dentro de seu coração uma voz silenciosa o tem chamado com insistência para voltar ao seu lar.

O aspirante é aquele que ouve a voz do coração e acende neste centro a estrela de Belém do
Cristo. Há dois mil anos o Cristo esteve entre os homens como um de nós na pessoa do Mestre Jesus e exteriorizou a luz em modos de conduta para que todos vissem como é agir como a alma na Terra. Assim, o Mestre Jesus, o Cristo se torna o maior educador de todos os tempos, influenciando toda a humanidade com uma nova forma de viver expressando a qualidade Amor-Sabedoria.

Estamos no limiar de uma Nova Era com a humanidade pronta para a primeira iniciação — o
nascimento do Cristo no coração. No desenvolvimento da consciência crística está a solução dos problemas mundiais pois o reino de Deus está em rápida formação na Terra.
A iniciação é o resultado do magnetismo existente entre Deus e o homem. “Existe um desejo
humano por Deus; mas há também um desejo divino pelo homem”. Esse encontro do homem com seu Deus interno é a 1ª iniciação. O que chamamos Deus, o espírito, necessita da matéria e esta do espírito. Essa dinâmica que liga o Filho do Homem e o Filho de Deus foi demonstrada de forma incontestável na vida de Jesus, que deu significado divino ao viver cotidiano.

As 5 iniciações do Cristo (nascimento, batismo, transfiguração, ressurreição e ascensão)
são os grandes acontecimentos da vida do Cristo e possuem um significado prático para toda a humanidade.
O pensamento-chave da 1ª iniciação, objeto deste estudo, foi dado pelo próprio Cristo:
“Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.
O nascer de novo consiste em nos apossarmos de nossa divindade e manifestá-la.

A iniciação
é uma série gradual de expansões de consciência e a 1ª iniciação revela ao homem suas duas naturezas: a superior e a inferior. Essa consciência da dualidade foi expressa por São Paulo como: “Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço”, traz ao iniciante grande sofrimento e um complexo de culpa a ser evitado.

A iniciação deve ser encarada como uma grande experimentação, uma revelação de amor
expressa em sabedoria, com ênfase na iluminação mental e na percepção intuitiva, tal como o Cristo demonstrou. A bondade é uma condição necessária, mas não suficiente para a iniciação, pois nem todo homem bom é um iniciado.

Embora muitos aspirantes procurem um Mestre para lhes dar a 1ª iniciação, Tibetano nos
assegura que o primeiro grande iniciador é sempre a própria alma, pois é esta que abre nossa consciência para outras dimensões. O que esteve gerando-se lentamente no homem, aparece, e ele compreende o sentido interno das palavras do Cristo — “Necessário vos é nascer de novo” —e como uma criança ele nasce no Reino de Deus, isto é, adquire novo estado de consciência. O Reino de Deus, ocorre depois do homem fazer uma longa caminhada.

Nascer neste Reino é tão inevitável quanto o nascimento na família humana. Cristo fez referência aos nascidos neste reino ou novo plano de consciência quando diz: “Deixai vir a Mim os pequeninos pois deles é o Reino dos Céus”.
Com este novo nascimento, a consciência crística no homem começa a manifestar-se
na Terra, etapa após etapa, e graças ao domínio crescente das leis do reino espiritual a personalidade passa a ser útil para seu dono — a Alma.
O homem então caminha na luz da
alma, serve ao semelhante e obedece à Voz interna que só é escutada quando as muitas vozes da personalidade silenciam pelo encontro com Deus na caverna do coração. O discípulo então experimenta a afluência do Amor Divino e se sente uno com tudo que existe, nascido como uma criança no Reio dos Céus e vencendo a separatividade e o egoísmo que nortearam sua vida até então.

O aparecimento do Cristo há 2.000 anos na caverna em Belém marcou a inauguração da
possibilidade de um novo ciclo de desenvolvimento espiritual, tanto para a humanidade, como para o indivíduo. Estamos agora à beira do nascimento do Cristo racial. Gradualmente fomos preparados para subir um novo degrau na escala evolutiva, passar para o andar superior, como previu o Cristo por ocasião da Páscoa ao preconizar a Era de Aquário.

O que ocorre no mundo hoje nos assusta, mas trata-se de processo de destruição temporária
para uma mais perfeita reconstrução, tal como acontece com o discípulo individual que passa por duras provas ao se preparar para a iniciação. Agora é a vez da humanidade como um todo passar pela grande prova prevista pelo Cristo quando disse “haverá choro e ranger de dentes”. Caberá a nós prolongar a crise ou abreviá-la conforme o grau de nossa sintonização com o Plano Divino.

Para esse momento a humanidade vem se preparando através das diferentes religiões, e o
cristianismo é a máxima preparação para a próxima revelação da divindade, sendo o Cristo, o Avatar de duas eras consecutivas — a de Peixes e a de Aquário.

A primeira iniciação pode ser estudada por vários aspectos mas escolhi o aspecto do Verbo
ou Palavra.
Cada era tem a Palavra de Poder que a norteia e sustém. Há 2.000 anos, o Cristo, o Verbo
Divino se fez carne e em torno deste centro dinâmico de energia espiritual, gravita a humanidade. Tal como está no Evangelho de João “No princípio era o Verbo (o Som Criador, a Palavra). Todas as coisas foram feitas por Ele. Este princípio pode ser o Gênesis ou as renovações periódicas ou iniciações. A Terra se renova com a chegada de uma nova Era, quando a vida ressurge sob novo enfoque que garante o crescimento evolutivo do planeta. “Eu torno novas todas as coisas”, diz o Ensinamento.

Agora uma outra palavra da vida para uma nova Era foi emitida do Centro nos Céus e deverá
ressoar em todo coração humano. O coração é o ponto central, o Sol existente desde o mais amplo Sistema Cósmico até o minúsculo átomo.
Nossa prática diz “Um alinhamento de corações é o caminho de retorno para o Reaparecimento
do Cristo”. Os corações ou pontos centrais são o olho do furacão onde existe a Paz e quando sintonizado propicia o reaparecimento do Cristo.
Cada um deve ouvir no coração a Palavra e assim passa pela experiência de saber que é o
“Verbo feito carne”, e então a experiência do Cristo em Belém se torna parte de nossa consciência individual — o mito se torna a mais estupenda realidade em cada um — o Cristo ou Alma, expressando-se em nós.

Idade após idade, a mensagem para a evolução é dada aos homens.
Após a mensagem do Deus
justiceiro, “do olho por olho” dada por Moisés, e da mensagem da iluminação vivenciada pelo Buda, vem o Cristo que vive o Amor e dá o novo mandamento — “Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Cristo realçou o valor do indivíduo através do ensinamento contido na expressão “Eu Sou” e disse “Vós sois deuses”. A visão do Deus transcendente foi acrescentada a do Deus imanente, explicitada no século XX pelo Mestre Saint Germain.

“Cristo pregava e fazia. Às vezes até fazia antes para depois explicar suas intenções. É
difícil separar Sua mensagem de sua prática. Por isso não estruturou um sistema filosófico escrito e fechado”. “Cristo manda cumprir a lei, porém declara que a lei não basta, porque as regras fixas não funcionam; a vida não cabe nelas. Seus seguidores devem ir muito além da lei, porque ela às vezes não é suficiente ou tem que ser mudada para preservar a vida e a justiça. O homem não foi feito para a lei, mas a lei é para servir ao homem, diz o Ensinamento.
Com Sua mensagem de amor e valorização do indivíduo Cristo trouxe Deus para junto do homem
e o homem para junto de Deus. Deificou o homem e humanizou Deus. As lições de “vós sois deuses” e “tudo aquilo que eu fizer vós podereis fazer e mais ainda” foram magistralmente ensinadas pelo Cristo.

O mundo se renova a cada era graças à Palavra de Poder emanada do Avatar. Tibetano diz que
isto é o que o Cristo quis dizer no “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Um caminho aberto à evolução infinita. Os 4 evangelhos não esgotam sua mensagem de Avatar que vem sendo reescrita por cada um de nós, seus seguidores e pelos Mestres de Sabedoria, tornando suas palavras sempre novas e adaptáveis aos vários tempos. Cristo fez crescer o nível de consciência da humanidade através de um grande salto de comportamento ético resultante da elevação espiritual que imprimiu ao planeta e que preparou o terreno para a Era de Aquário.

No passado alguns poucos seguiram o Cristo, na atualidade, as multidões estão numa viagem
de retorno a Belém — individual e racial — e o Ensinamento do Caminho absorve a atenção dos aspirantes do mundo. Uma etapa da vida da humanidade está se completando e multidões estão a ponto de penetrar na caverna do coração onde acontecerá o novo nascimento. Assim como a viagem de Maria, terminou numa caverna, também a humanidade atual termina sua longa viagem da Era de Peixes — numa caverna escura — o mundo atual com seus problemas e crises — anunciadores das dores do parto de um novo nascimento, uma nova consciência e um novo modo de viver para toda a humanidade.

O Mestre Morya em Mundo Ardente III assim se refere ao momento atual:
“O Mundo está cheio de úlceras dos vícios humanos. Nos dias de destruição e de reconstrução
do Mundo, o importante é afirmar os princípios, e ponderar sobre como destruir as distorções.
O Macrocosmo quando estremece, evoca em seu microcosmo vibrações idênticas. O
equilíbrio é estabelecido quando as energias de unificam no espaço. Quando os fogos subterrâneos supraterrestres estão enfurecidos, é necessário cautela. O centro da Terra está tenso. O intercâmbio de energias pode ser alcançado pela vontade humana. O Mundo está necessitando de reconstrução. A purificação é indispensável. O Fogo do espírito e do coração afirmarão um mundo novo. Um milagre está à porta. Assim, construamos. A consciência impelida aos Mundos Superiores é capaz de haurir do tesouro do Cosmos. Este é o trabalho do Agni logue. Aqueles que afirmam que o homem é limitado em sua manifestação fecham todas as possibilidades. A atração das Energias do Espaço é a base da Criatividade pois os registros do espaço e as energias podem ser intensificadas pela atração consciente. O homem é uma fonte de conhecimento e o mais poderoso transformador das forças cósmicas. O símbolo do transformador deverá habitar no coração. Neste tempo de obstrução mundial, existe, apenas um caminho de regeneração do pensamento — o despertar da consciência, a Alma, o Cristo interno na caverna do coração. Não se pode subir a Montanha com os restos do ontem, nem atravessar os Portões de Luz sem ligar-se ao Futuro luminoso”.

Hoje nos damos conta que existem no mundo duas correntes de atividade: de um lado a
consciência separatista, do outro a aplicação da mensagem do Cristo determinando mudanças. A existência do Filho de Deus e do Filho do Homem precisam ser conjugadas; a radiação da luz branca da alma penetra na condição humana e a Hierarquia e o Reino de Deus estão emergindo nas mentes e corações humanos.

“Para o firme estabelecimento da Lei, Eu volto a nascer, idade após idade” ensina Krishna.
Na plenitude do tempo aparece o Cristo cuja mensagem sintetiza a cultura do passado e proclama o futuro.
Tibetano ensina que o Ashram da Síntese — formado pelo triângulo dos três Mestres, Morya,
Djwal Kuhl e Racocksi (ou Saint Germain) está encarregado de auxiliar o Cristo no coração da Hierarquia, a inaugurar uma nova vida na Terra. À mensagem da fraternidade ensinada há 2.000 anos se agrega o conceito de síntese como união de indivíduos entre si, nações com nações como expressão do Amor ensinado pelo Cristo. Agni Ioga fala ainda da união entre os mundos físico, Sutil e o Mundo Ardente ou Espiritual. Tudo isso ocorre a partir da união da personalidade com a Alma pois os tempos são chegados.

Que podemos fazer?
Estudar os Ensinamentos do Cristo e daqueles três Mestres — Morya,
Tibetano e Saint Germain que a Fundação Cultural Avatar disponibiliza através da divulgação dos livros. Seus estudos fornecem mais elementos para cumprir os mandamentos do Cristo, amando e servindo uns aos outros como Ele ensinou e buscando no Mundo Ardente as energias que purificarão o planeta. A meditação individual e grupal são formas de captação das energias para a purificação. O mundo está se renovando pela nova Palavra de Poder — a Síntese — sendo o Cristo também o Avatar desta Era de Aquário que se inicia. Um caminho de vida mais abundante está aberto à evolução infinita, mas não nos esqueçamos que isto deve ser feito “por pés e mãos humanos” pois o homem é o grande transformador de seu mundo.

Termino com o § 318 de Mundo Ardente III:
“A atual condição do Mundo corresponde às sedimentações que a humanidade acumulou. A
manifestação da correspondência pode afirmar aqueles ciclos que estão começando; neles se refletirão todas as explicações do Carma, e cada ciclo introduzirá seu novo passo. Falando sobre ciclos, devemos ter em mente a transferência da conformidade cósmica. Consideremos a expiação precisamente como construção ardente. Esses ciclos serão estabelecidos por três causas: a transmutação de velhas acumulações, a purificação do espaço e a preparação de um grande futuro. A transmutação já começou. E como os monstros se erguem do fundo do mar, assim está aparecendo todo o lixo das entranhas da plebe. Na Fornalha do Cosmos muito está sendo fundido para a construção útil. Os esforços na transmutação atrairão cada ação cármica. A condição do planeta cria um Carma inevitável, tecido pelas engendrações da humani-dade. Mas no caminho para o Mundo Ardente, é preciso lembrar que a purificação do espaço trará um grande futuro.

Bibliografia:
De Belém ao Calvário, Bailey, Alice
O Reaparecimento do Cristo, Tibetano
Evangelho
As Chaves do Reino interno, Adoum, Jorge
Mundo Ardente III — Morya
Cristãos no Século XXI — Haroldo Vinagre Brasil — Ed. Dunep