14/08/2009

Não podemos fazer da ignorância a nossa desculpa!36


Ultimamente tenho me sentido muito deprimida porque sinto que a base está se decompondo. Será possível que os corações de alguns cooperadores se endureceram e suas consciências escureceram tanto que eles não viram o abismo onde eles estão quase caindo? Será que não se compreenderá o perigo terrível de nossos tempos e não se porá fim ao serviço às trevas? Não foi dito que «cada palavra má, cada discórdia, já é um encorajamento para as trevas?» E lembrem-se: «A faca terrível não está no seu bolso, mas sim, na ponta de sua língua. Algum dia vocês terão de compreender que uma palavra e um pensamento não podem ser apagados. Todos os que pensam no Bem Geral podem alegrar-se e vice-versa. A moral e os costumes dos trevosos não são do Nosso gosto».
Para seu próprio bem, considerem o que já foi dito e repetido inúmeras vezes. Só por nossos esforços unidos podemos alcançar o objetivo. É difícil pensar quantas possibilidades maravilhosas desapareceram por causa da discórdia interior! O que se pode construir na aura da irritabilidade, ofensa e inimizade? O princípio do ímã já foi exaustivamente discutido. Não podemos fazer da ignorância a nossa desculpa! Desde o primeiro dia, a necessidade de harmonia foi enfatizada, mas parece que tudo foi em vão. O mais terrível é que o sentido da honestidade se perdeu e alguém já está pronto a culpar os outros, esquecendo que sua alma interior é um livro aberto para o Guru. Está na hora de nos envergonharmos de nossa criancice e de compreender que, quando não seguimos o Conselho, não nos comportamos melhor de que os traidores. Perdoem o uso desta palavra, mas meu coração sangra quando vejo o tipo de dificuldades que vocês obstinadamente continuam a criar no seu caminho. Tentem imaginar o que será de vocês se o Ensinamento parar de guiá-los. Onde irão? Para que lado se voltarão? Quem os ouvirá e ajudará em sua infelicidade? Quem mostrará a saída da situação difícil? O tempo terrível, ameaçador, está vindo para todos. E pensem só que a vocês foi permitido trabalhar pela salvação de tanto e tantos! É esta a maneira de agir? É esta a maneira de justificar a confiança de Quem os chamou?
Quero que sintam toda a minha dor, todo o meu desejo de vê-los trabalhando em completa harmonia, conscientizando-se da tremenda responsabilidade do seu trabalho. Qual é a melhor maneira de fazê-los compreender? Como fortalecer em vocês esta compreensão? Eu odeio ameaçar, mas como posso preveni-los quando vejo alguém caindo no abismo e trazendo outros atrás de si? Como posso detê-lo?
Há algum tempo eu pensava que o inúmeros chamados para a unificação seriam devidamente ouvidos. Eu tinha esperança que vocês compreendessem que a amizade é importante, não quando sua autoridade é aceita e quando sua vaidade e satisfeita, mas sim, quando são necessárias concessões em prol da cooperação bem sucedida.
Palavras sentidas pelo coração estão sendo escritas, mas vocês devem mostrar amizade e atenção na acão — as palavras são como água corrente. Em meus sonhos, vi um de vocés como um porta-estandarte do nome do nosso Guru. Sonhei que as palavras do escolhido estariam cheias de força magnética e de beleza. Desde a época em que se indicou que a Nova Sociedade seria estabelecida, sete anos se passaram — um longo tempo e, em todos os sentidos, bastante significativo. Em sete anos, uma completa regeneração espiritual poderia ter acontecido se uma aspiração verdadeira tivesse sido aplicada. Foi dito com exatidão em que esferas estas palavras deveriam ser proninciadas, que ligações deveriam ser feitas. Mas se olharmos para trás, devemos admitir que a condição interior impediu este desenvolvimento. Se nos primeiros anos houve vários obstáculos que não foram fáceis de remover, em 1926 houve muitas possibilidades novas; mas os hábitos velhos, não superados, se afirmaram. Eu ainda não perdi a esperança de que seus corações se acenderão outra vez e que vocês se exprimirão com atos belos e ardentes. As conquistas podem ser muito grandes!
É muito triste escrever cartas acusadoras em vez de compartilhar as notícias alegres do trabalho bem sucedido de outros grupos de cooperadores.
É de partir a coração saber que a energia mais preciosa é gasta em trabalho negativo, corretivo, que todos os avisos foram inúteis e que tudo isto está acontecendo em uma época terrível quando as forças trevosas estão realizando seu ataque mais forte e agressivo! Nessa epoca em que vocês deveriam ter desenvolvido a máxima energia e a estabilidade interior para a preservação de todas as suas conquistas! Em grande tristeza eu lhes imploro que me ajudem — encontrar coragem para a paciência e a pacificação…»abençoados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus».
Tentem pelo menos aliviar um pouco minha preocupação e tristeza. Pode ter sido minha própria culpa. Que sabe — talvez eu não tenha podido uni-los o suficiente, não tenha podido dar-lhes o amor pelo Grande Coração além de aspiração para uma ação heróica. Talvez eu tenha falhado em mostrar-lhes, pelo exemplo pessoal, como aplicar o Ensinamento em suas vidas cotidianas, e, acima de tudo, tenha falhado em acender seus corações com o fogo da auto-perfeição e da tremenda responsabilidade. Vocês não podem se aproximar do Ensinamento e do Serviço sem serem responsáveis por suas ações.
Por favor, ajudem-me em minha responsabilidade por vocês! Meu coração envia um chamado a cada um de vocês. Socorro!

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